sábado, 7 de julho de 2012

CONFISSÃO DE UMA FILHA DE ANTONONIO GONÇALVES


Em seus 50 anos de emancipação política.
 

O poema tímido que cultivei
Rompeu todos os costumes
E ultrapassou as fronteiras
Da terra onde nasci.
Essa infância no campo
Serviu-me de albergue
Nos caminhos da cidade grande.
Essa doce lembrança
Das cores da minha infância
É uma canção que me sustenta
E me acalenta na saudade que sinto
De minha Antônio Gonçalves
Hoje, florida, com novas avenidas
E uma lagoa dourada e acolhedora
Hoje, minha Itinga querida,
Não vejo cidade antiga, nem
A nova Tocantins com suas promessas de futuro
Que me arraste dos teus braços.
És o meu mastro e eu sou o teu porvir!
Terra boa é aquela na qual nascemos
Por isso, minha rainha,
Nesses nossos 50 anos de prosperidade
Quero te dizer que meu verso não sobreviverá
Sem os teus gritos de encanto, entoados
Pelos pássaros de tuas matas
Antônio Gonçalves de meus amores partidos!
De todos os gritos de liberdade e de dor.
Antônio Gonçalves de minha vida.
Tu és, para mim, a mais bela
Canção de amor!



 
Ozeni Lima
01/07/2012

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